O semanário espanhol Alba recolheu as declarações de ginecologistas que integram uma equipe financiada pela Fundação Schering –dos laboratórios que comercializam a pílula do dia seguinte na Espanha– segundo os quais a Igreja é a responsável por que muitos considerem que a vida começa na concepção.

José Luis Dueñas, Chefe do Serviço de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital Universitário Virgem Macarena de Sevilha, é membro da Equipe Daphne formado por sete ginecologistas que se dedicam a estudar a evolução da anticoncepção na Espanha.

Segundo Proprietárias, promove-se o uso da pílula não porque se descartou seu efeito anti-implantatório que o tornaria um abortivo, ao impedir a implantação de um óvulo fecundado no útero materno, mas sim porque para estes médicos a vida não começa na concepção.

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"A Igreja defende que a vida começa no momento da concepção, mas isso não responde a nenhuma certeza científica e nos regemos pela ética, não pela moral nem os sentimentos religiosos", sustenta Proprietárias ignorando –como aponta Alba– "o consenso científico manifestado em todos os livros de embriologia".

Outro membro da equipe, José Luis Doval, presidente do Colégio de Médicos de Orense, vai mais à frente em suas justificações e sustenta que "até a implantação não é um embrião, mas sim um pré-embrião" pois "até o 14° dia não existe individualidade e portanto não existe um ser humano único e irrepetível". Quer dizer que para estes "especialistas" os concebidos nem os implantados contam.